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Capítulo II - Uma voz feminina e sensual nem sempre é o melhor...

Eu,Júlia.

Capítulo II - O breu da demissão.


Quando as portas se abriram eu andei para fora com um sorriso irônico, elas iam demorar para subir os 26 andares.
- Bom dia! As pessoas diziam enquanto eu seguia pelo corredor, respondia apenas com um aceno de cabeça.
Minha sala estava logo ali à frente, com um semblante e uma energia reconfortante, quando abri a porta senti o cheiro de pinheiros do Paraná, me senti seguro, adentrei a sala, trancando a porta logo em seguida, soltei a pasta na mesa e fui observar a coleção de miniaturas de Porches e Ferraris que ficavam na estante do meio, a maior e mais bonita de todas.
Tirei o paletó e pendurei nas costas da minha cadeira, coloquei a pasta sobre a mesa.
Em teoria meu expediente ainda não tinha começado, mas já haviam mensagens gravadas na secretária eletrônica.
Sentei-me e apertei o botão para ouvir as mensagens, enquanto ligava o meu desktop que só usava para pesquisas, os meus relatórios eram produzidos e salvos no meu VAIO verde amazônico.
-Que mensagens inúteis... Pensei ao ouvir as mulheres desesperadas que me deixavam recados.
“Rodrigo, Andar 32, eles te querem lá.” Foi a última mensagem recebida.
-Eu hein... - Arqueei uma sobrancelha, afinal, o andar 32 era a manutenção do prédio. - Que péssimo lugar para perder o emprego. Coloquei o paletó e segui para o elevador, apertei o botão para o 31, pois o do andar 32 não existia.
- Ótimo, vou ter que subir as escadas para ser demitido.
O elevador freou devagar e a voz feminina indiciou o 31º andar. Saí com o mesmo passo leve e rápido de antes. No final do corredor a grande porta vermelha me esperava, era a única possível.
Coloquei a mão sobre a maçaneta reta e gelada, abri a porta devagar e um vento frio passou pela abertura. Quase engasguei com uma essência amarga que atacou minhas narinas, expulsei o ar devagar e senti minha cabeça rodar, fiquei um pouco nauseado e encostei minha testa na porta de incêndio pesada.
Precisei de um minuto para me sentir bem de novo. Passei pela porta e fui novamente atacado pelo vento gélido. Cruzei meus braços, só havia uma luz, vinda da porta de incêndio que eu acabara de largar, tentei segurá-la, mas não tive tempo, em pânico, me descobri em uma sala escura. Tateei a porta gelada, mas não havia nenhuma maçaneta desse lado.
- Bosta... – Soquei a porta, mas me arrependi, só consegui sentir dor. – Bosta - Repeti.
Algo fez barulho atrás de mim, dei uma volta com rapidez.
-Alguém ai? – Perguntei, minha voz ecoou pelo vazio.
Uma luz puntual acendeu em um plano superior, era a única luz naquele breu, resolvi ir atrás dela, não tinha mais nada o que fazer mesmo.
Comecei a andar com cuidado, com medo de que o chão deixasse de existir, cada passo de cada vez, ouvia meu Armani bater no piso.
Dei três passos, a luz ainda estava distante, tinha que me apressar. Resolvi aumentar o ritmo e me arrependi quase que instantaneamente, pois minha canela bateu na quina de uma superfície.
Cai para frente, coloquei meus braços para frente, descobri outras quinas batendo e, diversas partes do meu corpo e eu caí de joelhos em uma superfície plana.
-Imbecil! É uma escada. Fui subindo devagar, meio constrangido por estar subindo de quatro, mas era o jeito, não queria me estrebuchar. Quando cheguei na luz, me endireitei, bati no terno pata tirar a poeira, minha canela latejava e as mãos ardiam, aquilo estava muito estranho para se apenas uma demissão. Tateei a porta e empurrei a trava de segurança, a luz ofuscou minha visão quando abri a porta, a única coisa que se diferenciava da claridade era um vulto negro e pouco nítido para ser definido.
- Quem é você?
- Olá, Rodrigo. Uma voz feminina e sensual fez com que eu me arrepiasse.

1 comentários:

JGisler disse...

XD
Nada como uma voz sexy!
Nossa fico ligadona só de pensar no Rodrigo!!
E ai Como foi o passeio com a Bianca...
Nãnãnãnãna!!
Pronto!
Temos um comentário...
Acho que a gente podia fazer propaganda em algumas comus que a gente frequenta, não é por que eu tô escrevendo com vc que eu acho que essa história não pode ficar escondidinha...
See u tomorrow!

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